A escolha do escritório de contabilidade para Fintech deve vir acompanhada de muitas precauções. Isso porque o segmento de atuação dessas empresas, ainda pouco regulamentado, está sujeito a novas normatizações.
Como sabemos, mudanças dessa natureza representam um risco a operação de qualquer organização, na medida em que demandam um trabalho apurado de interpretação das determinações legais e reorganização das ações em curso.
Nesse cenário, somente um serviço contábil especializado na oferta de soluções para Fintechs pode ajudar as empresas do setor a gerir o negócio de forma assertiva. Neste artigo, apresentamos tudo o que esse tipo de parceiro pode fazer por sua empresa.
O que são Fintechs?
A palavra Fintech é uma abreviação para financial technology (tecnologia financeira, em português). O termo faz então referência a startups ou empresas que desenvolvem soluções financeiras inteiramente digitais, na quais a tecnologia ocupa um papel central frente a experiência do consumidor.
As mais populares Fintechs são os chamados bancos digitais, que cresceram como nunca ao longo dos últimos anos. Sendo assim, essas empresas foram responsáveis por promover uma verdadeira revolução no setor bancário ao permitir a qualquer pessoa abrir uma conta sem sair de casa e a realizar diversas operações a partir de aplicações para smartphone.
E embora as Fintechs do setor bancário sejam as mais conhecidas, as startups financeiras atuaem em diversos outros segmentos. Há, por exemplo, empresas especializadas em crédito, meios de pagamento, negociação de dívidas, investimentos, entre tantos outros tipos de solução.
A importância da gestão contábil para Fintechs
Como já destacado, as Fintechs estão submetidas a desafios fiscais, tributários e regulatórios próprios de seu segmento de atuação. Sendo assim, para atuar, a maioria delas precisa ser autorizada pelo Banco Central do Brasil (Bacen) e/ou se submeter às normatizações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No atual cenário, esses agentes reguladores têm se mobilizado para normatizar a operação de empresas do setor e então, com isso, disciplinar o relacionamento delas junto aos consumidores e ao governo.
Quanto a isso, devemos ter em vista que, a cada ano, soluções inovadoras passam a ser oferecidas por startups financeiras e a legislação vigente nem sempre determina, com clareza, em quais termos a operação dessas empresas deve se dar.
Em meio a tantas incertezas, é imprescindível contar com um parceiro na área contábil capaz de lidar com questões regulatórias próprias das Fintechs. Além disso, o serviço de contabilidade deve estar integrado à perspectiva do digital e estar habituado a uma gestão moderna. Afinal, a operação de uma startup financeira é marcada por processos automatizados, sistemas de informação e tecnologia em nuvem. Isto é, você precisa de um escritório de contabilidade com um mínimo de familiaridade com a cultura de inovação das Fintechs.
Quais os principais serviços oferecidos?
Agora que você já entendeu a importância de contar com um serviço de contabilidade para Fintech, vejamos o que um parceiro na área pode fazer pelo seu negócio.
Obtenção de autorização para operar
Segundo informa o Banco Central do Brasil, estão autorizadas a operar no país dois tipos de Fintechs de crédito. São elas: a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).
Cada uma dessas personalidades jurídicas é caracterizada da seguinte forma pelo Bacen:
Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP)
“A SEP realiza operações de crédito entre pessoas, conhecidas no mercado como peer-to-peer lending. Nessas operações eletrônicas, a fintech se interpõe na relação entre credor e devedor, realizando uma clássica operação de intermediação financeira, pelos quais podem cobrar tarifas. Ao contrário da SCD, a SEP pode fazer captação de recursos do público, desde que eles estejam inteira e exclusivamente vinculados à operação de empréstimo.
Neste caso, a fintech atua apenas como intermediária dos contratos realizados entre os credores e os tomadores de crédito. Os recursos são de terceiros que apenas utilizam a infraestrutura proporcionada pela SEP para conectar credor e tomador. Nesse tipo de operação, a exposição de um credor, por SEP, deve ser de no máximo R$ 15 mil.
Adicionalmente, a SEP pode prestar outros serviços como análise e cobrança de crédito para clientes e terceiros, e emissão de moeda eletrônica.
Sociedade de Crédito Direto (SCD)
O modelo de negócio da SCD caracteriza-se pela realização de operações de crédito, por meio de plataforma eletrônica, com recursos próprios. Ou seja, esse tipo de instituição não pode fazer captação de recursos do público.
Seus potenciais clientes devem ser selecionados com base em critérios consistentes, verificáveis e transparentes, contemplando aspectos relevantes para avaliação do risco de crédito, como situação econômico-financeira, grau de endividamento, capacidade de geração de resultados ou de fluxos de caixa, pontualidade e atrasos nos pagamentos, setor de atividade econômica e limite de crédito.
Além de realizar operações de crédito, as SCDs podem prestar os seguintes serviços: análise de crédito para terceiros; cobrança de crédito de terceiros; distribuição de seguro relacionado com as operações por ela concedidas por meio de plataforma eletrônica e emissão de moeda eletrônica.
Ao solicitar autorização para operar – seja como SEP ou como SCD – uma série de documentos comprobatórios e relatórios gerenciais serão exigidos para confirmar se a Fintech cumpre os requisitos estipulados pelo Bacen.
Nessa fase, o serviço de contabilidade com experiência nesse tipo de processo será absolutamente estratégico.
Monitoramento de regulação
Além da autorização para operar como Fintech, é muito importante monitorar toda e qualquer atualização regulatória. Afinal, como já apontado, é esperado que isso venha a acontecer nos próximos anos.
Como também já tratado, esse tipo de mudança pode levar a empresa a reorganizar sua operação a fim de obedecer a nova normatização. Nesses casos, uma contabilidade para Fintech poderá atuar como uma referência, a medida em que ajudará o negócio a compreender a natureza da atualização regulatório.
Planejamento tributário
Como você já deve saber, as demandas na área contábil de uma Fintech não se resumem a questões regulatórias. Como qualquer outra empresa, a tributação é uma interface da maior relevância. Por isso, a escolha da contabilidade para Fintech também deve considerar se o potencial parceiro conta com experiência nessa área.
Não podemos nos esquecer que com um bom planejamento tributário seu negócio passa a pagar menos impostos e fica em dia com todas as suas obrigações junto às autoridades fiscais.
Apresentação de dados para investidores
Uma Fintech em crescimento sempre está em busca de investidores para viabilizar a expansão do negócio. Para isso, é indispensável demonstrar para os potenciais parceiros o quão competitiva é a empresa em termos de gestão financeira e de que forma o recurso captado será alocado.
Com contadores capazes de compreender a operação da Fintech e de promover uma gestão contábil assertiva, as lideranças da empresa poderão então obter um retrato fiel das finanças da organização e gerar projeções que demonstrem seu potencial de crescimento.
Como você pôde conferir ao longo deste artigo, investir em uma contabilidade para Fintech é então algo indispensável para o crescimento de seu negócio. Sendo assim, um parceiro especializado em seu segmento de atuação será o único agente capaz de identificar os desafios nos quais a empresa está inserida e apresentar soluções eficientes.
Por isso, convidamos você a conhecer a CLM Controller – escritório de contabilidade com mais 40 anos de atuação, conhecido por reunir tradição e tecnologia em sua atuação.
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